O Corpo de Bombeiros Militar emitiu um alerta sobre o aumento no número de ocorrências envolvendo animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões e lacraias. Com a elevação das temperaturas, esses animais deixam seus esconderijos com mais frequência, aumentando o risco de acidentes.
Entre 1º de janeiro e 19 de fevereiro deste ano, foram registradas 203 ocorrências de busca e captura de animais peçonhentos em Santa Catarina. O número representa um aumento de 54,54% em relação aos meses de inverno de 2024 (junho a setembro), quando foram atendidos 85 chamados. Além disso, os atendimentos de assistência pré-hospitalar (APH) devido a ataques desses animais cresceram de 11 casos no inverno para 17 nos primeiros meses de 2025.
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Casos recentes
Na semana passada, dois casos chamaram a atenção. No último domingo (16), um turista argentino foi picado por uma jararaca enquanto fazia uma trilha na Barra da Lagoa, em Florianópolis. Ele foi socorrido por guarda-vidas e levado ao hospital pelo helicóptero Águia.
Já na terça-feira (18), três cobras corais-verdadeiras foram capturadas dentro de uma residência em Gaspar, no Vale do Itajaí.
Segundo especialistas, a alta nos registros está ligada à busca por alimento. Durante o verão, há maior proliferação de presas, como ratos, baratas e lagartos, atraindo os animais peçonhentos para áreas urbanas e rurais.
Como evitar acidentes
A maioria dos ataques ocorre em membros inferiores, como pés e pernas. Por isso, o CBMSC recomenda:
✔️ Usar botas de cano alto ou botinas com perneiras ao caminhar por áreas de mata ou vegetação alta;
✔️ Evitar colocar as mãos em buracos, pilhas de folhas secas ou entulhos;
✔️ Manter quintais limpos, eliminando lixo e entulho que possam atrair roedores e serpentes;
✔️ Ter atenção ao fazer trilhas ou trabalhar em áreas abertas.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militares de Seara, capitão Domingos, reforça a importância da prevenção.
“Neste período do ano, recebemos muitos chamados envolvendo animais peçonhentos, especialmente serpentes. Algumas podem causar acidentes de interesse médico, enquanto outras apenas assustam moradores. Nossa orientação é evitar situações que favoreçam a presença desses animais.”
O que fazer em caso de picada
Se houver um acidente com animal peçonhento, o CBMSC recomenda:
✅ Lavar a área afetada com água e sabão;
✅ Evitar movimentação excessiva para não espalhar o veneno;
✅ Remover anéis, pulseiras ou acessórios que possam dificultar a circulação;
✅ Não fazer torniquete, cortes ou aplicar substâncias na picada;
✅ Acionar o socorro pelos telefones 193 (Bombeiros) ou 192 (Samu);
✅ Se possível, tirar uma foto do animal para auxiliar na identificação e tratamento.
A recomendação principal é buscar atendimento médico o mais rápido possível.
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