BRASIL – A disputa pela vice-presidência na chapa do presidente Lula para as eleições de 2026 já começa a gerar tensão entre dois dos principais partidos aliados do governo: MDB e PSB. Enquanto os socialistas querem manter Geraldo Alckmin no posto, os emedebistas pressionam para emplacar um de seus quadros, o que acirra os ânimos na base aliada.
O MDB já articula nomes de peso para a vaga de vice na chapa presidencial. Entre os cotados estão o governador do Pará, Helder Barbalho, e os ministros Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento). Tebet, que foi candidata à Presidência em 2022, ganhou destaque no governo Lula e é vista como um nome forte dentro da legenda.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, defendeu a permanência de Alckmin, destacando sua lealdade a Lula. “A experiência com o MDB não é das melhores na história”, afirmou Siqueira, em referência ao papel do então vice-presidente Michel Temer no impeachment de Dilma Rousseff.
A disputa pela vice revela não apenas o jogo de forças dentro da base governista, mas também as dúvidas sobre a coesão da aliança rumo a 2026. Enquanto o PSB aposta na estabilidade com Alckmin, o MDB vê a oportunidade de ampliar seu protagonismo nacional. O cenário promete novas reviravoltas conforme o calendário eleitoral avança.
Texto: jornalista Judson Lima