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Dengue: retorno do Sorotipo 3 aumenta risco e exige atenção redobrada

“O estado de Santa Catarina enfrentou a maior epidemia de dengue de sua história no ano passado, com mais de 340 mil casos confirmados e, lamentavelmente, 340 óbitos. Esses números alarmantes refletem uma realidade nacional, com a dengue levando mais de seis mil brasileiros à morte em 2024. Sabemos que as alterações climáticas e as condições urbanas brasileiras (e globais) favorecem a proliferação do Aedes aegypti,” afirma o médico infectologista doutor José Amaral Elias.

Segundo o doutor Elias, “surto e epidemias de dengue, dada a insuficiência de vacinas para toda a população, tendem a se tornar uma rotina anual nos períodos de Verão e Outono”.

O médico infectologista alerta ainda para um fator adicional de preocupação em 2025: o retorno da circulação no país do sorotipo 3 (DENV-3) da dengue. “É importante relembrar que existem quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, cada um capaz de causar diferentes manifestações da doença. A imunidade adquirida após a infecção por um sorotipo específico confere proteção apenas contra ele. Uma pessoa pode, portanto, contrair dengue até quatro vezes ao longo da vida. O problema não reside no sorotipo 3 em si, mas no fato de que grande parte da população nunca foi exposta a ele, uma vez que sua circulação no Brasil foi interrompida há mais de 16 anos”.

De acordo com o doutor Elias, “a principal consequência da circulação do sorotipo 3 é o aumento do risco de casos graves, uma vez que a segunda ou subsequente infecção por dengue tende a ser mais severa. Indivíduos que contraíram dengue no ano passado ou em anos anteriores, predominantemente pelos sorotipos 1 e 2, precisam redobrar a atenção em 2025. Além do aumento esperado no número de casos entre março e abril, projeta-se também um aumento na incidência de casos graves”.

O médico explica que “ao sermos infectados por um sorotipo da dengue (1, 2, 3 ou 4), nosso organismo desenvolve imunidade específica para aquele tipo. Essa imunidade, contudo, não se estende aos demais sorotipos. A reinfecção por um sorotipo diferente pode desencadear uma resposta imunológica exacerbada, elevando o risco de complicações como a dengue grave e a Síndrome de Choque da Dengue (SCD).”

“Portanto,” enfatiza o doutor Elias, “a atenção e a prevenção são cruciais, especialmente agora com a circulação do sorotipo 3. Precisamos redobrar os cuidados, reconhecer os sinais da doença e buscar assistência médica prontamente.”

Fique Atento aos Sinais e Sintomas da Dengue:

  • Febre alta (39°C a 40°C), de início súbito
  • Forte dor de cabeça
  • Dor atrás dos olhos
  • Dores musculares e articulares intensas
  • Náuseas e vômitos
  • Erupção cutânea (manchas vermelhas na pele)

Sinais de Alarme:

Se você apresentar algum dos seguintes sinais, procure um médico com urgência:

  • Dor abdominal intensa e contínua
  • Vômitos persistentes
  • Sangramento (nariz, gengivas ou outros)
  • Acúmulo de líquidos (edema ou inchaço)
  • Dificuldade para respirar
  • Letargia ou irritabilidade
  • Hipotensão postural (tontura ao levantar)

Síndrome de Choque da Dengue (SCD): é uma complicação grave da dengue que pode ser fatal. Os sintomas incluem:

  • Pulso fraco e acelerado
  • Pele fria e úmida
  • Respiração rápida e superficial
  • Queda da pressão arterial
  • Perda de consciência

A SCD exige tratamento médico imediato em ambiente hospitalar.

Grupos de Risco: crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades (diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, etc.) são mais vulneráveis à dengue grave. Nesses casos, a atenção aos sinais e sintomas deve ser ainda maior e a busca por atendimento médico precisa ser imediata.

Prevenção

A luta contra a dengue depende do esforço de todos. Precisamos eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença”, observa o profissional.

 As medidas de prevenção são simples, mas eficazes:

  • Elimine a água parada em vasos de plantas, pneus, garrafas e outros recipientes.
  • Mantenha caixas d’água e outros reservatórios devidamente vedados.
  • Limpe calhas e ralos regularmente.
  • Use repelente e roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente em áreas com alta incidência da doença.
  • Denuncie focos de mosquito às autoridades competentes.

O doutor Elias conclui: “Com a reintrodução do sorotipo 3, a ameaça da dengue se intensifica. É fundamental estarmos informados, atentos aos sinais e sintomas e engajados na prevenção. Compartilhe esta informação com seus familiares, amigos e vizinhos. A união faz a força na luta contra a dengue! Utilize materiais informativos e recursos visuais para reforçar esses pontos e as medidas preventivas”.

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