Turismo rural em pequena cidade de SC encanta visitantes

A família Bariviera superou dificuldades financeiras e hoje alia agroindústria, turismo e cultivo de plantas ornamentais em Guaraciaba, no Extremo-Oeste

Melado, café colonial e flores raras: turismo rural em pequena cidade de SC encanta visitantes – Foto: Divulgação/Epagri/ND

Do açúcar mascavo aos licores artesanais, do café colonial às suculentas, a família Bariviera fortalece a agricultura familiar e mantém vivas memórias que agora também encantam turistas.

O casal, Norma e Moacir, mostrou como a tradição, a inovação e a sensibilidade podem se unir para garantir renda e qualidade de vida no campo.

Turismo rural em Guaraciaba encanta visitantes

Pouco antes do casamento, Norma e Moacir Bariviera enfrentaram um duro revés: o comerciante para quem vendiam milho declarou falência, comprometendo a renda do casal.

A solução veio das raízes familiares. Eles retomaram a tradição de fabricar açúcar e melado, transformando a atividade em oportunidade de permanecer no campo.

Em 1997, Moacir se uniu a outros agricultores para criar uma feira livre em Guaraciaba, no Extremo-Oeste catarinense. A iniciativa ganhou força e abriu caminho para a construção da agroindústria da família, com apoio da prefeitura.

O primeiro grande salto aconteceu em 2007, quando passaram a fornecer para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). “Conseguimos vender 14 mil quilos de açúcar, foi o que nos fez erguer a cabeça e pagar as contas”, lembrou Moacir.

Com os recursos, investiram em equipamentos e ampliaram o catálogo. Hoje, produzem melado, açúcar mascavo, rapadura, puxa-puxa, cachaça e 10 sabores de licores. “O diferencial dos nossos licores é que extraímos a essência das frutas aqui mesmo, muitas delas cultivadas na propriedade”, explicou.

  • Moacir se uniu a outros agricultores para criar uma feira livre em Guaraciaba - Elvys Taffarel/Epagri/ND
    Moacir se uniu a outros agricultores para criar uma feira livre em Guaraciaba – Elvys Taffarel/Epagri/ND
  • A família abriu as portas para visitantes interessados em conhecer o processo de fabricação dos derivados da cana - Karin Helena Antunes de Moraes/Epagri/ND
    A família abriu as portas para visitantes interessados em conhecer o processo de fabricação dos derivados da cana – Karin Helena Antunes de Moraes/Epagri/ND
  • Localizada na linha São Roque, no interior de Guaraciaba, a propriedade recebe turistas de segunda a sábado - Internet/ND
    Localizada na linha São Roque, no interior de Guaraciaba, a propriedade recebe turistas de segunda a sábado – Internet/ND

Turismo rural que resgata memórias

Além da produção, a família abriu as portas para visitantes interessados em conhecer o processo de fabricação dos derivados da cana. Localizada na linha São Roque, no interior de Guaraciaba, a propriedade recebe turistas de segunda a sábado e, aos domingos, mediante agendamento.

Na época da safra da cana, entre março e julho, o processo pode ser acompanhado de perto. Há ainda o serviço de café colonial, preparado por Norma e sua mãe, e o convívio com animais como ovelhas, galinhas e pavões. “Queremos incluir pastel e caldo de cana no cardápio para enriquecer ainda mais a experiência”, adiantou Moacir.

Integrante do Roteiro Turístico Caminhos da Fronteira, que reúne 17 municípios da Ameosc, Guaraciaba vem fortalecendo o turismo rural. Segundo a extensionista da Epagri, Aurea Gasperin Facco, o município já conta com oito empreendimentos voltados à área. “São experiências gastronômicas, ambientais e de aventura que valorizam o interior”, destaca.

A agroindústria dos Bariviera recebe visitantes não só da região, mas também de países como Argentina, Paraguai e Itália. “Parece uma pequena agroindústria no interior, mas é muito valorizada”, observa Moacir.

Norma conseguiu recursos para erguer uma estufa e formalizar o negócioNorma conseguiu recursos para erguer uma estufa e formalizar o negócio – Foto: Karin Helena Antunes de Moraes/Epagri/ND

As suculentas como refúgio e renda extra

Após anos conciliando agroindústria e pecuária leiteira, Norma decidiu vender o rebanho. Para preencher o vazio, encontrou nas suculentas uma nova paixão. “Para não ficar doente sem as vacas, precisei buscar outra atividade”, conta.

O incentivo veio da extensionista Aurea, que percebeu o potencial do hobby. Com apoio do curso Flor-e-Ser, da Epagri, Norma conseguiu recursos para erguer uma estufa e formalizar o negócio. Hoje, o Terra e Flor abriga cerca de 700 espécies de suculentas, além de flores, vasos e pedras decorativas.

“A propriedade recebe muitos elogios, os visitantes se encantam com as plantas”, comemora a agricultora, que transformou o jardim em fonte de acolhimento e prosperidade.

Raízes que florescem

Do açúcar mascavo aos licores artesanais, do café colonial às suculentas, a família Bariviera fortalece a agricultura familiar e mantém vivas memórias que agora também encantam turistas. O casal, Norma e Moacir, mostrou como a tradição, a inovação e a sensibilidade podem se unir para garantir renda e qualidade de vida no campo.

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