A soltura de pipas com linha de cerol em Brusque foi um dos assuntos abordados na sessão da Câmara desta terça-feira, 18. Na semana passada, uma menina de 7 anos teve um corte no nariz após ser atingida por uma pipa com linha de cerol no bairro Rio Branco.
O assunto foi trazido ao Legislativo pelo vereador Valdir Hinselmann (PL). Ele levou ao plenário uma pipa com linha de cerol para mostrar aos vereadores e aos presentes na sessão. Segundo o parlamentar, havia quantidade significativa de vidro colado na linha.
Ele comenta que o Rio Branco vem registrando solturas frequentes de pipas com linha de cerol. Valdir relata que entregadores estão evitando aceitar pedidos de entrega no bairro justamente por causa do perigo de ser atingido por uma pipa.
“Por muita sorte e pelo óculos, o pior não aconteceu [com a menina]. Há uma quantidade de vidro muito grande nesta pipa. Se não houver uma ação maior e fiscalização, podemos perder vidas, seja de crianças ou motociclistas”.
Valdir divulgou que, na segunda-feira, 24, será realizada uma reunião sobre o assunto às 18h30, no Centro de Educação Infantil (CEI) Prefeito Hylário Zen, no Rio Branco. Ele convidou vereadores, secretária de Educação, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda de Trânsito de Brusque (GTB) e imprensa a acompanhar.
“Já foi identificado quem produz as pipas. Temos que tomar alguma atitude. Não podemos deixar que uma vida seja perdida por causa de uma brincadeira de mau gosto”, frisa.
O vereador Pedro Neto (PL) também demonstrou preocupação com o assunto. Em aparte, citou acidentes com pipas com linha de cerol em Itajaí e Navegantes. Segundo Pedro, as maiores vítimas são os motociclistas.
“A lesão por pipas com linhas de cerol é causada principalmente no pescoço e na cabeça. De 2016 a 2020, 71% dos casos tiveram motociclistas como vítimas. Outros 23% eram crianças e adolescentes”, disse Pedro.
O presidente da Câmara, Jean Dalmolin (Republicanos), também comentou o assunto. Para ele, acidentes com pipas com linha de cerol pareciam tão distantes, com registros apenas no estado de São Paulo. No entanto, conforme Dalmolin, agora são registrados casos em Brusque.
“Semana passada, uma menina de 7 anos de idade foi vítima. Naquilo que for possível, trabalharemos juntos para resolver. Daqui a pouco, os pais não vão deixar as crianças pedalar de bicicleta por medo”, lamenta.
Injúria racial em Florianópolis
Os vereadores repudiaram os crimes de injúria racial e xenofobia cometidos por uma torcedora do Avaí durante o jogo contra o Remo no sábado, 15. André Rezini (PP) abordou o assunto e foi acompanhado pelos demais parlamentares.
“As pessoas precisam ser respeitadas, independente de onde vem. Precisamos tomar consciência e melhorar como povo. Como diretor do Brusque Futebol Clube, viajei para as regiões Norte e Nordeste e sempre fui bem recebido. Então, fica aqui o meu repúdio”.
O vereador Cacá Tavares (Podemos) também se manifestou. Ele disse que sempre esteve inserido no contexto do futebol, e sabe que não se trata de um caso isolado. Ele fez críticas à autora do crime.
“Que ser lamentável. Daqui a pouco, terá um vídeo dela com camiseta branca, dizendo que foi mal interpretada, que estava com cachaça na cabeça (sic). Ela vai se ‘arrepender’ porque estava sendo filmada. Alguém do Remo pode ter xingado ela, mas ela falou o que estava dentro dela. Esta senhora é racista. Ela vai se arrepender para as câmeras, não de verdade”.
Os vereadores Jean Pirola (PP), Valdir Hinselmann, Pedro Neto, Antônio Roberto (PRD) e Jean Dalmolin também repudiaram o caso, em aparte.
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Como a caverna de Botuverá foi encontrada na década de 1950: