Rodrigo Cesari é o novo diretor-presidente do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque. Ele considera que a autarquia precisa investir no aumento da capacidade de reservar água, para evitar desabastecimento no verão. Além disso, pretende destinar recursos para reduzir as perdas.
O novo diretor-presidente assume uma das estruturas do governo municipal mais cobiçadas por partidos. Cesari é nome de confiança do prefeito de Brusque, André Vechi (PL). O Samae terá papel estratégico em breve, pois deve fiscalizar a atuação da futura concessionária que irá implantar o sistema público de coleta e tratamento de esgoto na cidade.
Segundo Cesari, quanto mais capacidade de reservar água o Samae tiver, menor será a chance de faltar água no verão, principalmente, quando há alto consumo. Os esforços devem se concentrar na ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Centro, que abastece 85% dos domicílios.
“A ETA do Centro produz cerca de 300 litros por segundo. Hoje, há uma nova ETA modular, que deve ser inaugurada neste mês. Com a ampliação de rede na rua General Osório, pretendemos aumentar a capacidade para 400 litros. Seria um avanço significativo”.
Ele entende que a mudança no local do reservatório da localidade do Bruschal vai auxiliar a autarquia a reservar mais água. Por ordem judicial, a antiga estrutura, que passa por mudança de local, só poderia operar com metade da capacidade.
A medida foi tomada em razão de suposta falta de segurança causada pelo reservatório. Agora, serão 500 mil litros de reserva de água com a capacidade total do reservatório. Somado a isso, em breve, o bairro Rio Branco deve receber uma estrutura parecida ainda maior.
“No início do ano que vem, vamos iniciar a implantação de um novo reservatório no Rio Branco, com capacidade de 1 milhão de litros”, revela o novo diretor-presidente. “É um bairro que cresceu muito nos últimos anos”, analisa.
Um outro planejamento com menos avanço é implantar um reservatório na localidade da Volta Grande, no bairro Bateas. A estrutura será ainda maior, e vai reservar 2 milhões de litros. O terreno está definido, mas o acesso é ruim e precisa ser avaliado.
Ampliação de rede para reduzir perdas
Um problema que o Samae enfrenta está relacionado à rede de distribuição de água. O tamanho da rede não suporta, muitas vezes, a pressão em horários de pico. Assim, a água tratada pelo Samae “se perde” pelo caminho. Para Cesari, adquirir redes com maior diâmetro significa reduzir perdas.
O problema da falta de água nos bairros Limeira Alta e Limeira Baixa não está ligado à reserva. De acordo com Cesari, a rede de distribuição não dá conta do alto consumo em horários de pico. Então, ele inclui nos planos a troca da rede da rua Alberto Muller, a principal via dos bairros.
“O problema dos bairros Limeira não é desabastecimento. Temos uma ETA excelente. Porém, a água não chega. Em horário de pico, não há vazão suficiente para a água chegar em alguns pontos. O consumo é muito grande e a rede não aguenta”.
Um setor específico para controle de perdas deve ser criado no Samae. Para o novo diretor-presidente, a autarquia precisa investir também em tecnologia para identificar vazamentos.
Sem os equipamentos mais modernos, os pontos em que há rompimento de rede não são identificados com facilidade, o que aumenta o período de transtornos aos moradores.
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