Um estudo científico brasileiro está virando de cabeça para baixo tudo o que pensávamos saber sobre gorduras para cozinhar. A banha de porco, antes considerada inimiga da saúde, pode ser na verdade uma opção mais saudável que o popular óleo de soja.
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Durante décadas, acreditamos que substituir gorduras animais por vegetais era a escolha mais saudável. Mas novas pesquisas estão revelando que essa troca pode ter sido um dos maiores erros nutricionais do século passado.
A ciência agora mostra que a banha de porco, usada por nossas avós, tem propriedades que a tornam superior ao óleo de soja em muitos aspectos.
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O estudo que desmistificou a banha
Pesquisadoras da Faculdade União das Américas, no Paraná, conduziram um experimento revelador. Elas acompanharam dois grupos de voluntários – um usando exclusivamente óleo de soja e outro apenas banha de porco em suas preparações culinárias. Os resultados foram surpreendentes.
O grupo que usou óleo de soja apresentou redução de 20,5% nos níveis de colesterol HDL, o chamado “colesterol bom”. Além disso, esses participantes tiveram aumento significativo no colesterol LDL (o “ruim”) e nos triglicerídeos. Já o grupo da banha manteve níveis estáveis de colesterol e ainda apresentou menor ganho de peso.
Mas por que isso acontece? A resposta está na composição dessas gorduras. A banha de porco é mais estável termicamente, oxidando menos durante o cozimento. Já os óleos vegetais poliinsaturados, como o de soja, são mais propensos a formar compostos prejudiciais quando aquecidos.
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A grande farsa do século XX
O médico vascular Dayan Siebra não hesita em chamar a campanha contra a banha de porco de “um dos maiores erros nutricionais do último século”. Segundo ele, a demonização da gordura animal foi impulsionada por interesses comerciais da indústria de óleos vegetais na década de 1970.
Criaram um mito de que a banha entupia artérias, quando na verdade os problemas cardíacos aumentaram justamente quando as pessoas substituíram gorduras tradicionais por óleos vegetais processados. Ele ressalta que muitas culturas tradicionais que usam banha há séculos têm baixíssimos índices de doenças cardíacas.
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Os benefícios surpreendentes da banha
Além de ser mais estável para cozinhar, a banha de porco traz diversos benefícios nutricionais:
1. Perfil lipídico equilibrado: Contém cerca de 40% de gordura saturada, 50% monoinsaturada (a mesma do azeite) e apenas 10% poliinsaturada. Essa composição a torna mais estável ao calor.
2. Rico em vitaminas: É fonte natural de vitaminas lipossolúveis como a D (rara em alimentos), E e K2, essenciais para saúde óssea e cardiovascular.
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3. Ponto de fumaça alto: Suporta temperaturas de até 190°C sem se decompor, ideal para frituras. O óleo de soja começa a oxidar a 160°C.
4. Sabor incomparável: Chefs de cozinha afirmam que a banha proporciona textura crocante e realça sabores como nenhum óleo vegetal consegue.
Como reintroduzir a banha na sua cozinha
Se você quer experimentar os benefícios da banha, é importante escolher produtos de qualidade. Prefira banha artesanal, de produtores locais ou versões industrializadas sem aditivos. Armazene em local fresco ou na geladeira para aumentar sua durabilidade.
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Comece substituindo gradualmente: use banha para refogar legumes, preparar carnes ou mesmo em assados. Muitas pessoas relatam que alimentos fritos na banha ficam menos oleosos e mais crocantes.
Mas atenção: como qualquer gordura, a banha deve ser consumida com moderação.
O veredito final
A ciência moderna está redescobrindo a sabedoria tradicional: a banha de porco, usada com moderação, pode ser uma opção mais saudável que muitos óleos vegetais processados. Ela não só é mais estável para cozinhar, como também oferece nutrientes importantes que os óleos refinados não possuem.
Enquanto isso, o óleo de soja – especialmente quando usado em frituras ou reaquecido várias vezes – pode promover inflamação e desequilíbrios nos níveis de colesterol. A solução? Voltar às origens, mas com o conhecimento científico que temos hoje.
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Como diz o ditado popular: “Tudo o que é velho pode se tornar novo novamente”. No caso da banha de porco, essa máxima nunca foi tão verdadeira – e tão comprovada pela ciência.
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