Ao longo dos séculos, diversas profecias têm sido interpretadas como sinais do fim dos tempos, e algumas delas apontam para a sucessão papal como um indicativo da proximidade desse evento.
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Entre as previsões mais mencionadas estão trechos do livro do Apocalipse e a suposta Profecia de São Malaquias.
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A interpretação do Apocalipse
No capítulo 17, versículos 9 a 11 do livro do Apocalipse, há uma passagem que menciona sete reis e um oitavo que estaria ligado aos anteriores:
“Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um já é; o outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.”
Algumas interpretações sugerem que esses reis seriam, na verdade, papas, e que Francisco, sendo o oitavo desde a assinatura do Tratado de Latrão em 1929, estaria diretamente relacionado a essa profecia.
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Desde que o Vaticano se tornou um Estado soberano, os pontífices que governaram foram:
- Pio XI (1922–1939)
- Pio XII (1939–1958)
- João XXIII (1958–1963)
- Paulo VI (1963–1978)
- João Paulo I (1978)
- João Paulo II (1978–2005)
- Bento XVI (2005–2013)
- Francisco (2013-presente)
Ainda que essa interpretação tenha seguidores, Francisco é, na realidade, o 266º papa da história da Igreja Católica.
A Profecia de São Malaquias
Outra teoria amplamente difundida é a da Profecia de São Malaquias, atribuída ao bispo irlandês do século XII. Esse texto apresenta 112 lemas em latim, cada um supostamente relacionado a um papa, descrevendo suas características de forma simbólica.
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O último lema, que seria referente ao sucessor de Bento XVI, menciona um líder chamado “Pedro, o Romano”, que guiaria a Igreja durante um período de grande tribulação e testemunharia a destruição de Roma.
No entanto, Francisco adotou esse nome em homenagem a São Francisco de Assis, e não a São Pedro, contrariando parte da previsão.
Além disso, há dúvidas sobre a autenticidade da profecia. Ela só foi descoberta em 1590, levando estudiosos a suspeitarem que tenha sido criada nessa época e atribuída retroativamente a São Malaquias.
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Muitos teólogos também afirmam que o termo “profecia” deve ser reservado apenas a textos oficialmente reconhecidos pela Igreja.
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Outras previsões
Nostradamus, famoso vidente francês do século XVI, também teria feito previsões sobre um papa que enfrentaria tempos difíceis.
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Em sua obra “Les Prophéties” (1555), há passagens que alguns acreditam fazer referência ao pontificado atual, embora suas frases enigmáticas permitam diversas interpretações.
Apesar do fascínio que essas previsões exercem sobre muitas pessoas, a Igreja Católica não reconhece oficialmente nenhuma delas.
O processo de sucessão papal segue regras estabelecidas há séculos, independentemente de interpretações proféticas.
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O futuro da Igreja e da humanidade, como sempre, permanece envolto em mistério, e cada indivíduo é livre para tirar suas próprias conclusões.
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