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PRIMEIRA MÃO – Denúncia do Ministério Público detalha assassinato de mulher no Limeira, em Brusque

O jornal O Município apurou, em primeira mão, que o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) apresentou, no dia 7 de maio deste ano, a denúncia contra Vanderlei Pedroso Pereira. Ele é acusado de assassinar a facadas Terezinha Soares Moreira Martins, no dia 29 de abril, em Brusque.

O crime ocorreu na rua Vereador Carlos Boos, no bairro Limeira, durante a manhã. Após atacar a ex-companheira, Vanderlei fugiu de motocicleta e foi preso em São Bento do Sul. A vítima chegou a ser socorrida pelos bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. A denúncia feito pelo MP-SC revelou novos detalhes do crime. 

De acordo com uma fonte ligada ao processo, várias etapas já foram concluídas, incluindo a audiência. Agora, resta a acusação apresentar as alegações finais. Depois, será a vez da defesa.

Com os dois posicionamentos entregues, o juiz da Vara Criminal decidirá se Vanderlei será levado a julgamento no Tribunal do Júri. Ainda assim, a defesa poderá recorrer da decisão.

O denunciado segue preso. 

Detalhes do crime segundo a denúncia

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que apresentou a denúncia com base no inquérito da Polícia Civil, Vanderlei e Terezinha mantinham um relacionamento, mas moravam em casas separadas.

O documento aponta que o acusado se tornou violento e possessivo por ciúmes, motivo pelo qual a vítima decidiu encerrar o namoro poucos dias antes do crime. Após o término, ele passou a ameaçar Terezinha, afirmando que faria mal à família dela e às pessoas de quem ela mais gostava.

A denúncia traz ainda novas informações sobre episódios de ameaça. Na madrugada do sábado anterior ao assassinato, Vanderlei teria invadido a residência da vítima, ido até o quarto dela e a ameaçado, ação presenciada pelos pais da mulher.

Na manhã do crime, por volta das 6h50, ele voltou à casa, pegou uma faca que encontrou no local e atacou Terezinha com vários golpes, mesmo depois de ela cair ao chão (outra informação nova).

Os ferimentos atingiram tórax, braços e costas. Parte da ação foi presenciada pela mãe da vítima, que saiu do interior da residência após ouvir os gritos. Após ver a filha ferida, o Corpo de Bombeiros foi chamado.

Quando a equipe chegou, a vítima foi imobilizada em uma maca rígida e, ao ser colocada na ambulância, entrou em parada cardiorrespiratória. A equipe iniciou as manobras de ressuscitação por aproximadamente 20 minutos, mas Terezinha não resistiu.

Após o ataque, Vanderlei fugiu de motocicleta, mas foi preso em São Bento do Sul. A faca usada no crime foi apreendida e encaminhada para perícia, assim como uma meia utilizada pelo acusado. Posteriormente, ele confessou ter sido o autor das facadas.

Polícia Militar/Divulgação | Arquivo pessoal

O que diz a acusação

Para o MP-SC, o crime foi cometido por motivo fútil, já que Vanderlei não aceitava o fim do relacionamento. A denúncia destaca que Terezinha foi atacada de surpresa, dentro de casa e desarmada, o que impediu qualquer chance de defesa.

O Ministério Público também sustenta que o denunciado agiu em razão da condição de sexo feminino da vítima e do relacionamento anterior entre os dois, configurando feminicídio.

Histórico criminal

O histórico de Vanderlei inclui outros crimes semelhantes. Em 2013, ele foi condenado a 20 anos de reclusão pelo homicídio de Marlete Oneda, sua ex-companheira.

O crime ocorreu na noite entre 1º e 2 de janeiro daquele ano, quando Marlete foi morta a facadas em sua residência, no bairro Santa Terezinha.

Após o assassinato, Vanderlei fugiu e se apresentou à polícia em fevereiro de 2014. O inquérito apontou que o crime também foi motivado por ciúmes.

Vanderlei Pereira e a ex-companheira Marlete Oneda, que foi assassinada por ele com facadas | Foto: Arquivo Pessoal

Antes disso, em 2010, ele já havia sido condenado por tentativa de homicídio contra outra ex-esposa, atacada a facadas no bairro Planalto. A vítima, então com 29 anos, sobreviveu após ser hospitalizada em estado grave.

Segundo o delegado Alonso Torres, da DPCAMI de Brusque, Vanderlei cumpria pena em progressão de regime. Em 2015, foi transferido para a Unidade Prisional de Brusque, e em 2017 passou ao semiaberto.

Em dezembro de 2022, deixou a Unidade Prisional de Blumenau e passou a cumprir prisão-albergue sem recolhimento, modalidade do regime aberto.

Após matar Terezinha, Vanderlei fugiu de motocicleta e foi preso em São Bento do Sul. Segundo a Polícia Militar, ele teria declarado que cometeu o assassinato após descobrir uma suposta traição da vítima com o ex-marido. A informação não consta na denúncia.

O MP-SC afirma que nem Terezinha, nem a família dela, tinham conhecimento do histórico criminal do acusado. Ele segue preso.


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