A primavera chegou, trazendo dias ensolarados, noites frescas e uma dança constante entre calor e brisa suave. É tempo de flores desabrochando e janelas abertas para deixar entrar o perfume da estação. Porém, em meio a tanta beleza, também surgem as variações de temperatura que desafiam o nosso corpo. É nesse cenário que o ar-condicionado, companheiro fiel em casas, empresas e hospitais, ganha destaque como aliado indispensável, mas que exige cuidado no uso.
Segundo o especialista em otorrinolaringologia, doutor Guilherme Galvani (CRM/SC 15642 | RQE 12666), o uso inadequado do aparelho pode trazer consequências silenciosas e incômodas para a saúde. O ar seco, por exemplo, resseca as vias respiratórias, irrita olhos e garganta e favorece episódios de rinite e sinusite. Ambientes fechados, sem ventilação e com filtros sujos, tornam-se refúgios para bactérias, fungos e poeira, aumentando o risco de gripes, resfriados e até pneumonias. Até a pele sente: lábios rachados e descamação são sinais de que algo não vai bem.
Além da saúde, o próprio equipamento sofre quando não recebe a atenção devida. Filtros sujos, temperaturas extremas e falta de manutenção aumentam o consumo de energia e reduzem sua vida útil, comprometendo o conforto e o bolso.
Mas a primavera também é tempo de equilíbrio, e há caminhos simples para conviver bem com o ar-condicionado sem abrir mão do bem-estar: regular a temperatura entre 22°C e 24°C, higienizar os filtros regularmente, ventilar os espaços diariamente e até usar umidificadores ou métodos caseiros para manter a umidade do ar.
Assim, o ar-condicionado deixa de ser vilão para se tornar aliado, trazendo frescor nas tardes quentes e aconchego nas manhãs mais frias. O segredo está no uso consciente, que une tecnologia e cuidado humano para que a estação das flores seja vivida em sua plenitude, com saúde, conforto e leveza.
