O Carlos Renaux encerrou uma temporada histórica, com o título da Série B do Catarinense e o retorno à elite estadual após mais de 40 anos, e agora se prepara para o desafio que será o ano de 2026.
Presidente do clube, Altair Heck, o Taico, conta que o planejamento já está em andamento há meses e sabe das dificuldades.
Além do sucesso do time profissional, que não perdeu no Augusto Bauer durante toda a temporada, Taico também valoriza as conquistas das categorias de base do Renaux em 2025.
“A dificuldade sempre existe, o campeonato foi surreal, o acesso junto com o título, era tudo o que a gente queria. Estamos também com as nossas categorias de base tendo resultados muito bons. Esse ano a gente conquistou o vice-campeonato no Sub-21 da Série B, fomos campeões do campeonato da Acef Sub-17, estamos bem na BG Prime Sub-17, contra grandes clubes. Então, era tudo o que a gente queria. A dificuldade é sempre financeira, é onde a gente tá buscando recursos e precisa dos empresários brusquenses, mas a temporada foi sensacional”, analisa.

Elenco
O técnico campeão da Série B do Catarinense, Diego Correa, está mantido para a nova temporada. O clube também já confirmou a renovação de alguns atletas: Lucas Rocha, Wellington Rocha, Guga, Cássio, Mago, Cauã e Massilon. Mas a equipe segue em busca de reforços.
“Alguns atletas ficaram conosco, são em torno de oito atletas que a gente já tem contrato e pretendemos puxar mais atletas da nossa base também. Esse é o nosso objetivo, todo ano a gente trabalha bastante com a base para compor o elenco do profissional. Claro que temos que contratar, e bastante, porque a gente sabe que a dificuldade da Série A é muito mais complicada do que uma B”, destaca.
Novela do gramado e críticas ao regulamento
O principal imbróglio para o início de 2026 é a interdição do gramado do Augusto Bauer. Sem certificação Fifa Quality Pro, o piso sintético terá que ser trocado para que o estádio possa receber jogos. O valor, porém, é um empecilho, e o Renaux já cogita mandar os jogos do Catarinense longe de Brusque.
“O presidente da Federação deu uma entrevista no dia do jogo do Brusque dizendo que o campo está interditado depois da Copa Santa Catarina. Então, se o presidente vem e fala uma coisa dessa, “joga areia no ventilador”, não tem muito o que fazer. A gente vai trocar mesmo e já estamos trabalhando em cima disso. Estamos já com três orçamentos para colocar uma nova grama, só que também bate na falta de recursos. A gente fala de um gramado com shock pad (amortecedor que vai embaixo da grama para ficar macio) que custa em torno de R$ 2,7 milhões”.
O shock pad não é uma exigência, mas o Renaux acredita que seja necessário para a qualidade do gramado, para trazer um conforto maior para os atletas. “Quando falamos em sintético, o atleta tem na cabeça dele que não é bom, mas é comprovado uma menor taxa de lesão no sintético do que na grama”.
O Renaux já comunicou o Brusque sobre o valor. O Quadricolor, em nota divulgada nesta segunda-feira, 3, afirmou que aceita contribuir com 50% do custo da reforma do gramado, ressaltando, porém, “que a participação deve vir acompanhada de contrapartidas e condições que garantam benefícios institucionais e estruturais proporcionais ao investimento”.
Em caso de não haver tempo hábil para a troca do gramado, o clube busca um estádio para jogar em Itajaí.
Taico ainda criticou a mudança de regulamento do Catarinense, que vai rebaixar três times em 2026, diminuindo o número de participantes de 12 para dez em 2027.
“Eu acredito que não foi bom para nenhum clube, sair três times de uma divisão que tem 12, eu acredito que não é bom para ninguém. Não consigo entender o que se passa na cabeça deles de querer diminuir os clubes que estão em uma Série A”.
Assista agora mesmo!
Conheça o avião que realizou o primeiro pouso em Brusque e que continua voando até hoje: