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Polícia Civil conclui investigações sobre caso de racismo após jogo entre Brusque e Criciúma

A Polícia Civil concluiu, na sexta-feira, 16, o inquérito policial instaurado para apurar a denúncia de racismo feita pelo goleiro Caíque Luiz Santos da Purificação, do Criciúma, contra o torcedor do Brusque, Daniel Alexandre. As investigações foram finalizadas sem o indiciamento do torcedor por racismo.

O fato ocorreu durante partida realizada no Estádio Augusto Bauer, no dia 8 de fevereiro de 2025. Ao término da partida entre Brusque e Criciúma, o goleiro Caíque dirigiu-se à lateral do campo para recolher seus equipamentos. Segundo relato, nesse momento foi chamado de “macaco” por Daniel, que também teria realizado gestos relacionados ao insulto.

O atleta confrontou o torcedor, que teria reiterado o xingamento. A situação gerou comoção e levou à intervenção imediata da arbitragem e da Polícia Militar, que conduziu os envolvidos à Delegacia de Polícia.

Na ocasião, o delegado de plantão decidiu pela liberação imediata do torcedor, optando por apurar melhor os fatos por meio de inquérito, uma vez que os elementos disponíveis no momento eram controvertidos e insuficientes para uma prisão em flagrante.

Durante a investigação, foram ouvidos a vítima, o suspeito e quatro testemunhas que estavam próximas ao local do suposto incidente. Além disso, a Polícia Civil requisitou imagens e áudios ao Brusque Futebol Clube e submeteu dois vídeos à perícia técnica, com o objetivo de identificar possíveis falas de cunho racista.

Conclusões da Polícia Civil

A vítima reafirmou ter sido alvo de xingamentos de cunho racial logo após o encerramento da partida, o que a motivou a acionar a arbitragem e a Polícia Militar. O episódio foi também registrado na súmula da partida.

Contudo, nenhuma das testemunhas ouvidas — incluindo um segurança que se posicionava entre o jogador e o torcedor — confirmou ter ouvido o termo “macaco” ou qualquer outro insulto de natureza racista. Todos relataram apenas xingamentos típicos de ambiente esportivo, como “vagabundo” e “sem vergonha”.

Daniel admitiu ter proferido ofensas genéricas, que qualificou como comuns em partidas de futebol, mas negou veementemente ter feito qualquer comentário de cunho racial.

O laudo pericial dos registros audiovisuais concluiu que, apesar de esforços técnicos para melhorar a qualidade sonora, não foi possível identificar a presença do termo “macaco” ou qualquer outro xingamento racista nos áudios analisados.

Diante da ausência de indícios suficientes de autoria e materialidade, a Polícia Civil concluiu o inquérito sem o indiciamento formal de Daniel Alexandre pelo crime de racismo. Os autos serão agora remetidos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para decisão, inclusive sobre possível arquivamento definitivo.

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