O despejo irregular de entulhos voltou a ser assunto na Câmara de Guabiruba nesta terça-feira, 5. Desta vez, o alvo do descarte indevido foi o Parque Municipal Vereador Érico Vicentini. Os parlamentares protestaram contra o acúmulo de lixo no local e cobraram ações da prefeitura para punir os responsáveis.
O assunto foi trazido pelo vereador Justavo Barroso (Podemos). Ele mostrou fotos do local tomado pelo lixo. Conforme o parlamentar, o material despejado foi aterrado. Os entulhos teriam sido levados ao parque por meio de um caminhão.
“Estão despejando lixo na frente do parque. Temos galerias na frente e, certamente, este material será depositado ali dentro. Isso está certo? Acredito que o prefeito e a Secretaria de Meio Ambiente não estão contentes. Vamos no Executivo dar um basta nisso. Não podemos deixar prosseguir essa baderna em nossa cidade”, disse Justavo.
O vereador Osmar Vicentini Filho (PL) lembrou que o descarte irregular de materiais pela cidade é um assunto tratado desde as primeiras sessões da Câmara neste ano, quando iniciou a atual legislatura. Os parlamentares pediram pela efetividade da lei que pune pessoas que descartam lixo de forma irregular.
“Já pedimos e nada foi feito. Estamos aqui, desde a primeira sessão, discutindo sobre o descarte irregular de lixo. Sobre a vigilância [do parque municipal], há pouco tempo tivemos um furto da fiação elétrica. Isso preocupa, pois aumenta a cada dia”.
Vicentini Filho defendeu que o culpado pelo despejo de lixo no parque seja identificado e punido pela infração. Os vereadores consideram que, em Guabiruba, o problema com lixo a céu aberto é mais frequente do que em outras cidades, como Botuverá, Gaspar e Vidal Ramos, citadas pelos parlamentares.
“A minha pergunta é: teremos um parque municipal ou um aterro de lixo? É um assunto muito recorrente na Câmara e parece que, até agora, nada foi feito”, complementou Vicentini Filho.
A vereadora Eduarda Schweigert (MDB) saiu em defesa da implantação de câmeras de segurança no parque municipal. Ela considera que é necessário fiscalizar o local para evitar com que o ambiente sofra com os descartes irregulares de entulhos.
“Foi um investimento alto do município no parque municipal e sabemos a finalidade. Porém, está sendo um depósito de lixo. Não saberemos quem fez isso (descartou entulhos) sem fiscalização. Se implantarmos uma câmera, conseguiremos fazer a lei ser aplicada”, discursou Eduarda.
Opções para fazer o certo
O presidente da Câmara, Xande Pereira (PP), disse que a prefeitura dá opções para que os moradores possam realizar o descarte correto. Hoje, entulhos são levados a um aterro adequado em Timbó, por meio de um sistema regional de coleta que Guabiruba aderiu.
“Entramos em um sistema que faz a coleta de lixo. Os moradores abraçaram a causa. Isso é motivo de orgulho. Temos ainda um ponto para descarte de eletrodomésticos na Secretaria de Obras. Se [os moradores] têm móveis usados, podem levar ao transbordo na rua Independência”.
Xande afirmou que a Prefeitura de Guabiruba não é conivente com o despejo de materiais no parque municipal. Para ele, a solução é buscar conscientizar moradores das formas de realizar o descarte adequado que o município oferece. O trabalho de conscientização, para o vereador, precisa ser feito com as crianças, da base.
“Ouvimos diversas opiniões sobre o parque municipal. Tenho certeza que a administração municipal não está contente e não é conivente com este resíduo depositado no parque. Precisamos identificar estes infratores. Concordo que precisamos de câmeras e até vigia, mas antes conscientizar as pessoas”.
Em aparte, o vereador Freddy Nagel (MDB) protestou em razão de o autor da infração no parque municipal não ter sido identificado. Ele argumentou a Xande que há ferramentas para localizar o infrator, como câmeras de seguranças espalhadas pela cidade.
“Não é possível que não consigam detectar quando um caminhão descarrega entulhos. Existem várias câmeras espalhadas pela cidade, em que é possível detectar o veículo. Não é possível que alguém não saiba”, lamentou Freddy.
Xande respondeu que o caso ainda é recente e que alternativas para identificar e punir o infrator devem ser tomadas. Ele avalia que a forma em que os vereadores trataram o assunto caminha para uma insinuação de que a prefeitura concorda com o despejo irregular. Na sequência, o presidente da Câmara voltou a negar conivência do Executivo.
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