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Justiça decide que greve dos servidores de Florianópolis é ilegal

Trabalhadores iniciaram paralisação nessa quarta-feira (12) (Foto: Sintrasem, Reprodução)

A greve dos servidores públicos municipais de Florianópolis, decretada nessa quarta-feira (12), foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A decisão foi assinada na noite desta quinta-feira (13) pelo desembargador Luiz Fernando Boller.

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Os servidores da cidade decidiram em assembleia entrar em greve por tempo indeterminado após a entrega na Câmara de Vereadores do projeto que prevê mudanças no sistema de previdência da capital catarinense.

O documento estabelece multa diária de R$ 200 mil ao sindicato e afirma que não foi respeitada a necessidade de prévia notificação aos usuários do serviço público afetado.

Ainda, no texto o desembargador alega que o sindicato teria descumprido acordos judiciais anteriores e não teria tentado uma mediação antes de iniciar a paralisação, o que, segundo ele, caracteriza uma violação da Lei n. 7.783/1989, que estabelece regras para greves no serviço público.

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Luiz Fernando Boller ainda determinou “o restabelecimento integral de todos os serviços públicos atingidos pela paralisação”.

O NSC Total procurou o Sintrasem após a decisão do TJSC de tornar a greve ilegal, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Os setores com mais serviços impactados pela greve até o momento são a Saúde e a Educação. Por volta das 11h30, a prefeitura divulgou um balanço da situação dos serviços diante da greve. Confira:

Veja situação dos serviços diante da greve

Educação

EBM – Escolas

  • Unidades com atendimento integral – 9
  • Unidades com atendimento parcial – 18
  • Unidades sem atendimento – 12
  • Porcentagem de profissionais em greve – 55,20%

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NEIM – Creches

  • Unidades com atendimento integral – 36
  • Unidades com atendimento parcial – 37
  • Unidades sem atendimento – 12
  • Porcentagem de profissionais em greve – 30,2%

Saúde

Centro

  • Agronômica – Sem adesão
  • Centro – 4,35% de adesão
  • Córrego Grande – 75% de adesão
  • Itacorubi – 57,14% de adesão
  • João Paulo – 6,25% de adesão
  • Monte Serrat – 3,57% de adesão
  • Pantanal – Sem adesão
  • Prainha – 6,98 % de adesão
  • Saco dos Limões – 3,33% de adesão
  • Saco Grande – 17,86% de adesão
  • Trindade – Sem adesão

Continente

  • Abraão – Sem adesão
  • Balneário – 31,82% de adesão
  • Capoeiras – Sem adesão
  • Coloninha – Sem adesão
  • Coqueiros – 12% de adesão
  • Estreito – Sem adesão
  • Jardim Atlântico – Sem adesão
  • Monte Cristo – Sem adesão
  • Novo Continente – 73,08% de adesão
  • Sapé – Sem adesão
  • Vila Aparecida – 7,69% de adesão

Norte

  • Barra da Lagoa – 36,36% de adesão
  • Cachoeira do Bom Jesus – 50% de adesão
  • Capivari – 2,63% de adesão
  • Canasvieiras – Sem adesão
  • Ingleses – 65,22% de adesão
  • Jurerê – 25% de adesão
  • Ponta das Canas – 7,69% de adesão
  • Ratones – Sem adesão
  • Rio Vermelho – 5% de adesão
  • Santinho – 52,94%
  • Santo Antônio de Lisboa – Sem adesão
  • Vargem Grande – Sem adesão
  • Vargem Pequena – 10%

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Sul

  • Alto Ribeirão – 26,09% de adesão
  • Armação – Sem adesão
  • Caeira da Barra do Sul – Sem adesão
  • Campeche – 13,89% de adesão
  • Canto da Lagoa – Sem adesão
  • Carianos – Sem adesão
  • Costa da Lagoa – 50% de adesão
  • Costeira do Pirajubaé – 5,71% de adesão
  • Fazenda Rio Tavares – 25,93% de adesão
  • Lagoa da Conceição – Sem adesão
  • Morro das Pedras – Sem adesão
  • Pântano do Sul – 22,22% de adesão
  • Ribeirão da Ilha – Sem adesão
  • Rio Tavares – 38,46% de adesão
  • Tapera – 2,70% de adesão

Demais serviços

Caps

  • Continente – Sem adesão
  • Ilha – 11,73% de adesão
  • Infantil – 18,35% de adesão
  • Ponta do Coral – Sem adesão
  • Caps 3 – 24h – Sem adesão

Farmácia especializada – Sem adesão

  • Upa Norte – Sem adesão
  • Upa Sul – Sem adesão
  • Outros serviços, incluindo policlínicas – 1,85% de adesão

Sindicato alega que reforma quer “destruir aposentadorias”

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), em nota, avalia a proposta de reforma como ataques contra o serviço público e “parte do plano de destruição das nossas aposentadorias”.

Ainda, o sindicato alega que o projeto aumenta o tempo de serviço de contribuição, além de impactar a aposentadoria especial e taxar aposentados. Há também a alegação de descumprimento do acordo firmado para chamar efetivos do concurso público no magistério e na saúde.

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“A greve é uma resposta firme ao prefeito que iniciou seu segundo mandato mostrando que investir no serviço público não será sua prioridade.

Nossa categoria trabalha duro nas escolas, NEIMs, na saúde e na assistência social, enfrentando o sucateamento para continuar atendendo a população com qualidade.

Seguimos agora em manifestação até a sede da prefeitura para gritarmos, em unidade, que exigimos valorização e que não vamos aceitar mais este golpe!”

O que diz a prefeitura

Após a deflagração da greve, a prefeitura de Florianópolis se manifestou em nota, confira:

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“A greve deflagrada hoje pelo SINTRASEM, por tempo indeterminado, acontece mesmo antes do início das discussões do projeto da Reforma da Previdência, enviada hoje (12) à Câmara de vereadores. O projeto busca garantir a aposentadoria dos servidores e tem o objetivo de recuperar a capacidade de manutenção do fundo previdenciário.

“O sistema previdenciário está com um rombo de 8 bilhões, que se acumula desde 1999. Ninguém quis mexer antes e a bola de neve foi aumentando. Se continuar, a Prefeitura não vai conseguir pagar as aposentadorias em alguns anos. O que estamos propondo é uma adequação a algo que o Governo Federal já fez. A discussão agora é na Câmara de vereadores e o sindicato anuncia greve, penalizando também os serviços para a população”, enfatizou o Prefeito Topázio Neto.

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