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Isabel Gallotti retira voto e desfaz maioria que cassava prefeito de Botuverá

A ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), retirou o voto no julgamento que pode cassar o mandato do prefeito de Botuverá, Victor Wietcowsky (PP). Assim, a maioria formada para afastá-lo do cargo foi desfeita.

A reportagem de O Município entrou em contato com o gabinete da ministra. A assessoria solicitou um novo contato a partir das 13h, a fim de esclarecer o que aconteceu.

Como o julgamento ocorreu em plenário virtual, não é possível ter acesso aos detalhes dos votos dos ministros. O caso foi suspenso, após pedido de vista (adiamento) do ministro Kássio Nunes Marques.

Na quinta-feira, 10, o tribunal formou maioria para cassar Victor. Com a retirada do voto de Isabel Gallotti, o placar, que era de 4 a 0, passou a ser de 3 a 0 para afastá-lo. Agora, não há mais maioria.

Por que Victor pode ser cassado?

As eleições em Botuverá não terminaram definitivamente no dia 6 de outubro de 2024. Após o resultado das urnas, que deram a vitória a Victor Wietcowsky, a eleição seguiu sendo questionada na Justiça Eleitoral.

Tudo começou no período das convenções partidárias, antes da campanha eleitoral. Os candidatos e partidos tinham uma data-limite para registrar candidaturas.

A princípio, os candidatos em Botuverá seriam o ex-prefeito Nene Colombi (MDB), representando a continuidade do governo emedebista, e o ex-vereador Alex Tachini (PP), então pré-candidato do grupo de oposição.

Acontece que, pouco antes do prazo para registro de candidatura, o então pré-candidato a vice-prefeito da oposição, Cezar Dalcegio (PP), sofreu uma ameaça de morte que resultou na desistência de concorrer.

Alex Tachini justificou que só seria candidato se tivesse Dalcegio como vice e, da mesma forma, apresentou desistência ao partido.

O PP deixou o prazo passar sem registrar nenhum candidato. Assim, a princípio, somente Nene Colombi concorreria à prefeitura e necessitaria de um único voto para se eleger prefeito.

Porém, mesmo após a data-limite, o PP registrou o vereador Victor Wietcowsky como candidato a prefeito, ao lado de Kaioran Paloschi (PP) como vice.

A candidatura governista do MDB questionou a possibilidade de Victor ser candidato a prefeito, já que o prazo para registro de candidatos havia passado. A coligação de Nene Colombi entrou na Justiça, que indeferiu a candidatura de Victor.

A defesa do candidato do PP apresentou recurso no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), que reverteu a decisão anterior e aceitou a candidatura de Victor.

Os juízes do TRE-SC entenderam que se tratava de um caso peculiar e envolvia uma suspeita de ameaça de morte na motivação da desistência de uma das chapas.

A sentença anterior foi reformada por unanimidade pelos juízes eleitorais. Depois, a coligação de Nene apresentou recurso ao TSE.

Enquanto a disputa ocorria no campo jurídico, as eleições seguiam no campo político em Botuverá. Na hora do voto, os eleitores de Botuverá preferiram, por maioria, quebrar a hegemonia de 12 anos de governo do MDB e eleger prefeito Victor Wietcowsky, da oposição e candidato que surgiu de última hora.

Victor recebeu 2,3 mil votos, equivalente a 56,4%, ante 1,8 mil de Nene Colombi, que representa 43,5%. O então prefeito eleito cumpriu agendas após vencer nas urnas. O questionamento da possibilidade de ele ter sido candidato continuou correndo no poder Judiciário.

No dia 21 de novembro, um mês e meio após o resultado das urnas, o ministro Floriano de Azevedo Marques indeferiu a candidatura de Victor. A decisão monocrática ocorreu antes da diplomação do prefeito eleito, que estava marcada para o dia 11 de dezembro.

Em meio à decisão de Floriano, a Justiça Eleitoral de Brusque suspendeu a diplomação de Victor como prefeito. Os eleitos entraram com recurso no TRE-SC, que concedeu liminar e permitiu a diplomação. No fim, ele foi diplomado e assumiu a prefeitura em 1º de janeiro de 2025.

Após assumir, o eventual indeferimento da candidatura poderia resultar na cassação do mandato. O entendimento é que Victor não deve ser declarado inelegível e poderá concorrer em uma nova eleição se for cassado.


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