Entregadores de aplicativos iniciaram uma greve nacional de dois dias, nesta segunda (31) e terça-feira (1º). A mobilização foi anunciada por meio das redes sociais e já teve atos em diferentes cidades do país na manhã desta segunda. Em Santa Catarina, houve atos de trabalhadores nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Itapema, Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú, Brusque, Blumenau e Joinville, segundo a Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea).
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Em Balneário Camboriú, imagens feitas por moradores mostraram um “buzinaço” de entregadores na Avenida Atlântica. Em Blumenau, a Guarda Municipal de Trânsito (GMT) informou que fez a escolta para cerca de 50 motociclistas de um movimento por melhores condições de trabalho dos motoboys. Entre o trecho que os trabalhadores percorreram esteve a Rua 7 de Setembro, no Centro.
O movimento, que os entregadores denominaram de “Breque dos Apps”, reivindica melhores condições de trabalho e reajustes de remuneração. Os entregadores cobram o estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega; o aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação do raio das entregas de bicicleta para até três quilômetros e o pagamento integral por pedidos agrupados. Ou seja, que não haja desconto no valor recebido em caso de várias entregas feitas em uma só saída.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como 99, iFood e Uber, informou à imprensa que respeita o direito de manifestação e mantém canais de diálogo com os entregadores, mas apontou que a greve nacional pode “causar transtornos”.
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A Amobitec também alegou que houve um aumento de 5% na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024, atingindo R$ 31,33 por hora trabalhada, segundo dados do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
A adesão a greve é difícil de ser rastreada já que trata-se de um trabalho autônomo. Apesar disso, representantes da categoria em SC confirmaram os atos em municípios em que os entregadores criaram grupos de organização e distribuíram materiais de divulgação com as reivindicações da categoria.
— Aqui em Florianópolis, as lojas já foram avisadas e grande parte dos restaurantes optou por fechar no horário do meio-dia para não haver discussão [entre os próprios entregadores] — afirmou à reportagem um dos entregadores que participou de atos em Florianópolis.
Entregadores fazem “buzinaço” em Balneário Camboriú
Greve prevista para maio
O objetivo da categoria é que seja a “maior paralisação da história”. Os entregadores já preveem para o dia 2 de maio outra greve geral, chamada de “feriadão”, com o objetivo de pressionar por mudanças nas condições de trabalho, segundo o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP).
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*Com informações da Exame
**Sob supervisão de Jean Laurindo
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