Após o anúncio de que o governo dos Estados Unidos vai elevar em até 25% as tarifas para o aço e o alumínio de todos os países, o que afetará também o Brasil, o governo brasileiro prepara uma medida que pode servir de resposta ao gesto do presidente americano Donald Trump.
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A principal ação de resposta deve ser a taxação de plataformas digitais norte-americanas. A informação foi publicada nesta segunda-feira (10) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a publicação, a medida já vinha sendo estudada, mas pode ser antecipada caso o governo Trump confirme a taxação sobre o aço, produto em que o Brasil é o segundo maior exportador para os EUA.
A taxação das plataformas é conhecida como “digital tax” e já vem sendo discutida em espaços como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países desenvolvidos. Algumas nações como o Canadá já avançaram na implantação da taxação das plataformas.
Entre as plataformas que poderiam estar sujeitas à taxação estariam gigantes como Amazon, Facebook, Instagram, Google e Spotify. Serviços como streamings de vídeo e podcasts atualmente funcionam sem tributos no país. No Canadá, um imposto sobre serviços digitais de 3% sobre a receita foi adotado.
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O governo brasileiro, no entanto, ainda deve aguardar a confirmação da taxação do aço e do alumínio pela gestão Trump, esperada para esta segunda-feira (10). A intenção é não antecipar qualquer anúncio antes da certeza de que os EUA vão aumentar a tributação dos produtos brasileiros exportados.
Em entrevista à Globonews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo ”tomou uma decisão de só se manifestar com base em decisões concretas, não em anúncios” e disse que o a gestão “vai aguardar”.
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