A voz ainda embarga quando Miriéli Gomes fala sobre o incêndio que destruiu a empresa dela em Itajaí. A loja de peças usadas para carros de luxo, na maioria importados, abriu as portas há dois anos. Era mais do que um negócio, era o ganha-pão dos funcionários. Mas há nove dias tudo foi destruído pelas chamas. Sem seguro, agora é colocar a mão na massa e recomeçar do zero, desabafa.
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O incêndio na Top Usadão, às margens da BR-101, começou no fim da tarde de 15 de março. As labaredas provocaram uma nuvem gigante de fumaça que pôde ser vista a quilômetros de distância. Foram incontáveis horas de trabalho do Corpo de Bombeiros. Miriéli conseguiu salvar as duas cachorrinhas que estavam no pátio da empresa, mas os passarinhos, infelizmente, não.
A empresária conta que o galpão é alugado e não tinha seguro nem para a estrutura física, nem para o estoque. Ela estima um prejuízo na casa dos R$ 7 milhões. O que foi possível salvar quando os bombeiros liberaram o acesso, foi tirado do local para o início da limpeza. Mas serão necessários pelo menos R$ 150 mil para recomeçar. É o valor para reconstruir o galpão e o escritório.
Miriéli tenta conseguir esse dinheiro através de uma vaquinha on-line. “Tantos anos de empresa, tanto esforço e olhar essa destruição está acabando comigo. Mas tenho que acreditar que Deus sabe de tudo”, desabafou a empresária um dia após o incêndio. No último domingo (23), já envolvida na reconstrução do negócio, ela voltou a escrever: “E vamos ressurgindo das cinzas como uma fênix”.
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A empresa ao lado da Top Usadão também acabou sendo atingida pelo incêndio. De acordo com a Exilog Logística, ainda não se tem um levantamento de tudo o que foi destruído, mas o local tem seguro. O Corpo de Bombeiros já fez perícia e o laudo deve ficar pronto dentro de 30 dias. O documento vai apontar o que provocou as chamas.