A Igreja Matriz de Santa Inês, no Centro de Balneário Camboriú, tem uma arquitetura única: sua estrutura, em madeira, é completamente redonda. Sua história remonta a 1957, quando foi construída uma capela dedicada a Santa Inês, então pertencente à Paróquia do Divino Espírito Santo de Camboriú.
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A igreja redonda tem esse formato pois foi inspirada em uma tarrafa em queda — instrumento de pesca tradicional. Este é apenas um dos muitos elementos que fazem desse templo um marco histórico e cultural da cidade. A construção foi iniciada em 1968 e contou com a participação ativa da comunidade local.
A história inicia quando os Freis Franciscanos de Blumenau iniciaram a construção de um amplo casarão na praia da então Camboriú para servir como casa de recreio aos alunos do Colégio Franciscano Santo Antônio. Ao lado, foi erguido um salão de aproximadamente 120 metros quadrados, onde, nos fins de semana, eram celebradas missas.
Veja imagens da igreja redonda
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A primeira capela dedicada a Santa Inês foi inaugurada em 1957 e pertencia à Paróquia do Divino Espírito Santo de Camboriú. No entanto, com a emancipação de Balneário Camboriú, em 20 de julho de 1964, a região se desenvolveu rapidamente, impulsionada pelo turismo.
O primeiro pároco, Frei Mário Guidarini, que tomou posse em fevereiro de 1967, encomendou o arrojado projeto da nova igreja matriz da cidade, no formato que lembrasse a tarrafa usada pelos pescadores para capturar os peixes. O teto lembra a rede, e as colunas em volta representam os pesos.
Todo o trabalho da construção foi feito em mutirões: as empresas de construção mandavam os operários para trabalharem na obra da nova igreja, e em 1970 as sapatas, colunas e o primeiro anel ficaram prontos.
A primeira missa foi celebrada em 1971, e a antiga capela foi demolida no ano seguinte. Três terrenos também foram adquiridos para servirem de praça à Matriz. Naquela época, voluntários começaram também a ministrar a catequese para crianças e adolescentes, além dos cursos de batismo e de noivos. A ideia era estimular a fé e conscientizar que os paroquiados dessem o dízimo.
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Nos anos 1970, a igreja começou também a promover missas em castelhano para atender os turistas que vinham dos países vizinhos.
Em 2010, a igreja já estava pequena para os fiéis e foi ampliada. O telhado foi reformado antes disso, e a ampliação incluiu também a substituição do sistema de som e elétrico, assim como a climatização. Agora, são 1.147 poltronas, ao invés dos tradicionais bancos de madeira.
Padroeira
A igreja recebe o nome da padroeira, Santa Inês de Roma. A santa nasceu em uma família romana, e aos 12 anos ela encantou um pretendente, mas já tinha decidido se compromissar a Deus e permanecer virgem. Diante da proposta, disse “não”, mas foi denunciada para as autoridades. Sob o império de Diocleciano, para se manter vivo, era preciso renunciar a Jesus.
Inês, no entanto, permaneceu fiel mesmo sob tortura, e foi morta com cerca de 13 anos. Santa Inês tem uma basílica que foi consagrada a ela no lugar onde foi enterrada.
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