Ansiedade
“Não vejo a hora de chegar dia 1º de junho para levar meu filho de 5 anos ao Sesi”.
Essa frase de um torcedor do Metropolitano, que me atendeu em uma conveniência, ficou martelando em minha cabeça.
Faz parte do efeito Sesi.
Legado
Estar com um filho ou uma filha para ver um jogo, seja de futebol (apesar dos insultos a árbitros, bandeiras, técnicos e jogadores) ou qualquer outra modalidade, é daqueles sentimentos indescritíveis.
Vivi essa experiência com minha filha em 2019, em um jogo do time feminino de basquete na Liga Nacional.
E ela adorou.

Online
Costumo falar e já destaquei o tema aqui no Portal, que o reencontro dos times em 2018 foi frustrante.
Do ponto de vista da presença do público no estádio.
Pois existia, na época, um clima de rivalidade e de provocação fortes.
Nas redes sociais.

Offline
Durante o campeonato, a média de torcedores foi baixíssima.
Especialmente do BEC que vivia uma inhaca terrível.
Até o Metrô, na final com o Marcílio Dias, colocou pouco mais de 1.600 pessoas no Sesi.

Desestimulante
No primeiro clássico da Série B, por exemplo, tão comentado, as torcidas não conseguiram encher uma arquibancada que tem capacidade para cerca de 3 mil lugares.
Nem na soma das quatro partidas daquele ano.

Desafio
Mais de cinco anos se passaram sem futebol profissional na cidade.
Jogos em Ibirama, Indaial e Jaraguá do Sul.
Ficou um vazio.
Ocupado ainda mais (pela juventude) por equipes e craques do exterior.

Efeitos
Nesse ínterim, também se ratificou a paixão por clubes cariocas, paulistas e gaúchos.
Além dos paranaenses – e em menor escala, dos mineiros.

Migração
Temos uma nova safra de sotaques.
Milhares de nortistas e nordestinos vieram para Blumenau e cidades da região.
Tem muita gente apaixonada por futebol (principalmente os mais velhos), que pode contribuir, de alguma forma, nesta virada de chave.

Atmosfera
A volta ao Sesi mexeu com o imaginário popular.
Motivou a cidade, as torcidas, os sócios, os empresários…
Acredito que tudo pode ser diferente.

Compromisso
Com o passar dos dias e com a aproximação do início da segunda divisão, em 1º de junho, vamos ter uma noção mais sensata.

O aumento do otimismo passa por projetos sólidos, sérios e transparentes.

Essenciais na reconquista da autoestima do judiado torcedor blumenauense.

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de setorista na Rádio Unisul – CBN. Atualmente é apresentador, repórter, produtor e editor de esportes do Balanço Geral da NDTV Blumenau. Na mesma emissora filiada à Record, ainda exerce a função de comentarista, no programa Clube da Bola, exibido todos os sábados, das 13h30 às 15h.
