Emerson Luis. Esporte: Conspiração

Ansiedade

“Não vejo a hora de chegar dia 1º de junho para levar meu filho de 5 anos ao Sesi”.

Essa frase de um torcedor do Metropolitano, que me atendeu em uma conveniência, ficou martelando em minha cabeça.

Faz parte do efeito Sesi.

Torcedores vivem a expectativa da volta do futebol ao Sesi. Foto: Divulgação

Legado

Estar com um filho ou uma filha para ver um jogo, seja de futebol (apesar dos insultos a árbitros, bandeiras, técnicos e jogadores) ou qualquer outra modalidade, é daqueles sentimentos indescritíveis.

Vivi essa experiência com minha filha em 2019, em um jogo do time feminino de basquete na Liga Nacional.

E ela adorou.

Com a Taysa no Ginásio Galegão. Foto: Arquivo pessoal

Online

Costumo falar e já destaquei o tema aqui no Portal, que o reencontro dos times em 2018 foi frustrante.

Do ponto de vista da presença do público no estádio.

Pois existia, na época, um clima de rivalidade e de provocação fortes.

Nas redes sociais.

Metrô e BEC no primeiro encontro na Série B de 2018 levou ao Sesi 1.703 pessoas (1.213 pagantes). Foto: Internet

Offline

Durante o campeonato, a média de torcedores foi baixíssima.

Especialmente do BEC que vivia uma inhaca terrível.

Até o Metrô, na final com o Marcílio Dias, colocou pouco mais de 1.600 pessoas no Sesi.

Segundo clássico da Série B teve 315 torcedores (255 pagantes). Foto: Bruno Vicentainer

Desestimulante

No primeiro clássico da Série B, por exemplo, tão comentado, as torcidas não conseguiram encher uma arquibancada que tem capacidade para cerca de 3 mil lugares.

Nem na soma das quatro partidas daquele ano.

Nos dois jogos da Copa Santa Catarina foram à campo 533 torcedores. Foto: Júlia Galvão.

Desafio

Mais de cinco anos se passaram sem futebol profissional na cidade.

Jogos em Ibirama, Indaial e Jaraguá do Sul.

Ficou um vazio.

Ocupado ainda mais (pela juventude) por equipes e craques do exterior.

Metropolitano jogou em Ibirama por cinco anos seguidos. Foto: CA Metropolitano

Efeitos

Nesse ínterim, também se ratificou a paixão por clubes cariocas, paulistas e gaúchos.

Além dos paranaenses – e em menor escala, dos mineiros.

Indaial foi a “casa” do BEC durante quatro anos. Foto: Internet

Migração

Temos uma nova safra de sotaques.

Milhares de nortistas e nordestinos vieram para Blumenau e cidades da região.

Tem muita gente apaixonada por futebol (principalmente os mais velhos), que pode contribuir, de alguma forma, nesta virada de chave.

Metropolitano e Avaí em março de 2009 no Sesi. Foto: Internet

Atmosfera

A volta ao Sesi mexeu com o imaginário popular.

Motivou a cidade, as torcidas, os sócios, os empresários…

Acredito que tudo pode ser diferente.

O “recomeço” do BEC contra o Inter de Lages pela Série C de 2013 no Sesi. Foto: Internet

Compromisso

Com o passar dos dias e com a aproximação do início da segunda divisão, em 1º de junho, vamos ter uma noção mais sensata.

Jogo do Metrô no Sesi. Foto: Sidnei Batista

O aumento do otimismo passa por projetos sólidos, sérios e transparentes.

Jogo do BEC no Sesi. Foto: Internet

Essenciais na reconquista da autoestima do judiado torcedor blumenauense.

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de setorista na Rádio Unisul – CBN. Atualmente é apresentador, repórter, produtor e editor de esportes do Balanço Geral da NDTV Blumenau. Na mesma emissora filiada à Record, ainda exerce a função de comentarista, no programa Clube da Bola, exibido todos os sábados, das 13h30 às 15h.  

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