O delegado Eduardo Ferraz, da Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e contra as Relações de Consumo (DCAC/Deic), atualizou ao jornal O Município a investigação contra uma rede de pirataria que distribuía produtos falsificados por todo o estado. Os itens eram armazenados em um galpão localizado em Brusque e foram apreendidos na quinta-feira, 24.
Segundo o delegado, um homem já foi interrogado, e o galpão no bairro Santa Rita era o único vinculado ao suspeito. Até o momento, não há indícios de envolvimento de outras empresas. Os produtos eram estocados no local e distribuídos, por meio de revendedores, em Brusque e região.
Os equipamentos eletrônicos apreendidos durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão ainda não foram analisados. No entanto, a expectativa é de que eles revelem outros envolvidos no esquema.
O delegado ressaltou ainda que o suspeito não colaborou com a investigação. A operação deve ter novos desdobramentos nos próximos dias, com possíveis novas ações e prisões.
Próximos pontos que a investigação deve esclarecer:
- Se o dinheiro era lavado por meio de outras empresas
- Envolvimento de contadores
- Logística de entrega dos produtos para outros estados
- Participação de empresas de transporte
- Frequência das remessas
Testemunha da operação
Um vizinho presenciou o momento em que a Polícia Civil realizou a ação e prestou seu relato à reportagem. Ele conta que sua empresa está estabelecida nas proximidades do galpão há dois anos e, durante esse período, o galpão esteve sempre fechado.
“Nunca tivemos contato com eles e não via nenhuma movimentação, a princípio ele estava sempre fechado. Quando estava chegando no escritório vi vários policiais civis fazendo a operação”, afirma.
Na quinta, ele chegava ao escritório quando viu diversos policiais civis entrando no galpão. A ação resultou na apreensão de 19 mil peças de roupas falsificadas. O objetivo da operação era desarticular uma rede de pirataria que distribuía produtos contrafeitos por todo o estado.
A operação foi coordenada pela DCAC/Deic e contou com o apoio do Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop) e da Fazenda Estadual, além da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Brusque.
Investigações
Conforme a Polícia Civil, as investigações revelaram que um centro de comércio atacadista em Brusque funcionava como um hub de distribuição de roupas e perfumes falsificados de diversas marcas para todo o território catarinense.
Durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão — em dois imóveis ligados ao proprietário da empresa e no galpão de armazenamento —, foram apreendidos equipamentos eletrônicos que deverão contribuir para o aprofundamento das investigações.
Segundo estimativas da Receita Estadual, a empresa teria movimentado mais de R$ 13 milhões em vendas sem documentação fiscal nos últimos anos.
Os suspeitos responderão por crimes contra a propriedade imaterial, contra as relações de consumo e contra a ordem tributária. As penas podem variar de dois a cinco anos de reclusão, além de multas.
*Colaboração: Otávio Timm
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