Mesmo com pouco sol, a cidade brilha por conta própria e conquista os turistas que se aventuram a conhecê-la
Com uma média de apenas 6,7 horas de sol por dia ao longo do ano, Belluno, no norte da Itália, entrou para a lista dos lugares menos ensolarados da Europa.
No entanto, ao contrário do que se imagina, o céu nublado não afastou os visitantes: a cidade vem atraindo cada vez mais turistas interessados em sua história milenar, seu centro histórico bem preservado e a natureza que a cerca.
Como é Belluno?
Belluno é a única cidade italiana completamente localizada dentro de um parque natural.
Cercada pelas montanhas das Dolomitas, é destino certo para quem busca sossego, ar puro e paisagens deslumbrantes, especialmente fora das rotas tradicionais de turismo.

Apesar de pouco conhecida entre os brasileiros, guarda um charme discreto que vem ganhando força entre viajantes mais atentos.
A história de Belluno
Belluno também carrega um passado cheio de mudanças. Fundada por povos celtas e vênetos, foi parte do Império Romano, conquistada por diferentes reinos e, por fim, anexada à República de Veneza em 1404.
Mais tarde, passou pelas mãos dos austríacos e só se uniu ao Reino da Itália em 1866. Em 1963, a cidade foi abalada pela tragédia de Vajont, quando o transbordamento de um lago artificial destruiu vilarejos inteiros na região.

Hoje, com pouco mais de 36 mil habitantes, Belluno combina história, montanhas e vida tranquila. Mesmo com pouco sol, a cidade brilha por conta própria e conquista os turistas que se aventuram a conhecê-la.
O que fazer em Belluno?
No centro histórico, o passeio começa pelas ruelas com arcadas e construções antigas. Uma das paradas obrigatórias é o Duomo de Belluno, cuja origem remonta ao século VII.
Bem em frente à catedral fica o antigo prédio do governo veneziano, com colunas, galerias e janelas de época.

Próximo dali estão a Torre Cívica e a movimentada Piazza Martiri, um ponto de encontro local onde o tempo parece andar mais devagar.
Entre os destaques culturais, está o Palazzo Fulcis, sede do Museu Cívico de Belluno. Com mais de 600 obras distribuídas em cinco andares, o espaço reúne nomes como Tintoretto, Montagna e Ippolito Caffi.
Além das pinturas e esculturas, há coleções de porcelanas, joias e gravuras, em salas decoradas com afrescos originais do século XVIII.