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Cacho de cobras ‘brota’ em árvore e vira alvo de pesquisa

Registro foi publicado em um grupo no Facebook. (Foto: Telmo L. L. Santos, Reprodução)

Um agricultor do RS encontrou dezenas de cobras-verdes agrupadas em pé de mexerica. O caso inusitado virou objeto de pesquisa do Instituto Butantan e artigo em revista científica internacional.

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Em 2021, Telmo Santos fez descoberta surpreendente em sua propriedade rural: dezenas de cobras vivas penduradas como um cacho de frutas. A imagem viralizou e chamou atenção de cientistas.

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As cobras-verdes (Philodryas olfersii) estavam agrupadas em galho de mexerica no município de Santo Antônio da Patrulha (RS). “Fiquei chocado com a quantidade”, contou o agricultor.

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A foto postada no Facebook chegou às pesquisadoras Karina Banci e Silara Batista, do Butantan. Elas identificaram um raro fenômeno reprodutivo e publicaram estudo na Herpetological Review.

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O que explica o “cacho de cobras”?

Trata-se de uma agregação reprodutiva, quando vários machos se reúnem ao redor de uma fêmea. É como um torneio natural de acasalamento, explica a bióloga Karina Banci.

O fenômeno já era conhecido em sucuris e corais-verdadeiras, mas nunca documentado nesta espécie. A fêmea libera feromônios que atraem até 30 machos simultaneamente.

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Seleção natural em ação

Os cientistas acreditam que essa competição permite à fêmea selecionar indiretamente o parceiro mais apto. “Não é consciente, mas resulta em filhotes mais fortes”, detalha o estudo.

O comportamento aumenta as chances de sucesso reprodutivo. Os machos podem permanecer agrupados por dias até o acasalamento ocorrer.

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Por que em árvores frutíferas?

As cobras-verdes são arborícolas e usam árvores como ponto de encontro. O pé de mexerica oferecia apoio ideal e camuflagem perfeita entre folhas e frutos.

Muitas pessoas passariam sem notar. A espécie não é venenosa, mas pode causar acidentes quando perturbada.

Da fazenda para o mundo científico

O caso mostra como observações cotidianas podem contribuir para a ciência. “Sem o registro do agricultor, perderíamos esse dado”, afirmam as pesquisadoras.

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O estudo ajuda a entender melhor o comportamento reprodutivo de serpentes e sua ecologia no ambiente natural.

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