Neste sábado (8), é o Dia Internacional da Mulher. A data, que é símbolo de luta e resistência, também traz números do porque é preciso reforçar a segurança das mulheres.
A Rede Catarina, da Polícia Militar (PMSC), registrou 1301 medidas protetivas em 2024, ou seja, Blumenau concedeu ao menos três medidas protetivas por dia no ano passado para vítimas de violência doméstica.
Até março deste ano, já são 225 medidas protetivas.
De acordo com o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, Heintje Heerdt, existem 1214 medidas protetivas em vigência e 799 mulheres contam com botão do pânico ativo.
Dados levantados pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), mostram que a Secretaria de Estado da Segurança Pública teve 96,4 mil ocorrências ao longo do último ano no Estado, contabilizando crimes como ameaça, injúria, estupro e lesão corporal. Ainda, conforme levantamento, no mesmo período, 51 feminicídios ocorreram em Santa Catarina.
Conheça os serviços que Blumenau oferece às mulheres
Em Blumenau, existem alguns serviços ofertados pela prefeitura que muitas vezes não chegam ao conhecimento da comunidade. Na Secretaria de Saúde, por exemplo, existe o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism).
Neste espaço, são ofertados diversos atendimentos de saúde, como, por exemplo, exames para câncer do colo de útero e mamas.
Além disso, também é possível colocar e retirar o Dispositivo Intrauterino (DIU), fazer consultas pré e pós-operatórias de cirurgias ginecológicas e de mamas, pré-natal de médio risco, consultas de enfermagem em planejamento familiar e atendimentos psicológicos aos sofrimentos psíquicos relacionados às mulheres.
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Blumenau também oferta outras ações pela Secretaria de Desenvolvimento Social. Maria Augusta Buttendorf, diretora de proteção especial, ressalta sobre o Abrigo Casa Eliza, que acolhe as vítimas em situação de violência doméstica e seus filhos. “Esse serviço funciona 24h e é voltado à mulher que está em situação de risco e precisa de um ambiente temporário para ficar protegida. É feito todo acompanhamento dessa mulher, seja na parte da saúde mental, quanto ao direito dela”, explica.
A diretora também ressalta o Serviço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). “Esse é um serviço voltado à família, trabalha o ambiente familiar que esteja em situação de violação de direitos, seja essa uma violência patrimonial, psicológica, física ou abuso sexual. Todo o acompanhamento é feito com psicólogo e assistente social. Nosso foco é trabalhar a violência e superar essa violência dentro do ambiente familiar. Trabalhamos, inclusive, com os homens”.
Casa Eliza: Mas quem foi Eliza?
O abrigo faz homenagem a uma vítima de feminicídio, em Blumenau. Tritonha Eliza Mackedans Machado, morreu aos 48 anos, no dia 27 de março de 2003.
A mulher, depois de permanecer por mais de quatro meses na Casa Abrigo por conta de agressões, recebeu o comunicado judicial de que o ex-marido seria afastado do lar e, por isso, ela poderia retornar para casa. Não demorou muito para que o ex-companheiro a matasse. Ela foi morta a facadas na presença dos filhos.
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