O jogo terminou com gritos de “olé” e “um minuto de silêncio” para cima o Brasil contra a Argentina, em Buenos Aires. A disputa, na verdade, terminou aos 12 minutos do primeiro tempo, quando a Argentina já fazia o segundo gol na partida, em cima de um Brasil apático e que não sabia o que fazer em campo. O placar final? 4×1 para a Argentina. “Porrada neles!”
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Desde os 7×1 da semifinal da Copa do Mundo de 2014 o torcedor brasileiro não sentia tamanho gosto de humilhação. O time de Dorival Júnior não tem nada. Não tem uma saída de bola, não tem uma defesa sólida, não tem um meio de campo estruturado, não tem um ataque poderoso, não tem personalidade e parece que perdeu totalmente a vergonha de passar vexames. “Porrada neles”.
Mas pra não focar somente no trabalho do técnico, que é um trabalho fraco, é preciso falar das supostas lideranças da Seleção Brasileira. Quais seriam estas lideranças? O capitão Marquinhos? Nunca foi o comandante da zaga que se imaginou que poderia ser. Vinicius Júnior? É uma referência técnica que não chama o jogo, que não assume a condição de liderança, e que nos momentos difíceis, como na noite de Buenos Aires, fica parado esperando bola na ponta esquerda. Raphinha, o astro do Barcelona? Pediu e levou pancada o jogo inteiro fazendo cara de assustado. “Porrada neles”.
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O que se viu na noite desta terça em Buenos Aires foi uma Seleção que é campeã do mundo, que tem um trabalho de longo prazo, que tem jogadores que formam um time, que têm personalidade e jogam muita bola, contra o Brasil, que não tem nada. A Seleção Brasileira hoje é um bando de garotos em campo que não sabem o que fazer, que não têm rumo. “Porrada neles”.
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E não é possível esquecer que Ednaldo Rodrigues, o atual guia máximo do futebol brasileiro, foi reeleito com todos os votos nesta segunda-feira. As 27 Federações, os 20 clubes da Série A, e os 20 clubes da Série B (entre eles Avaí, Chapecoense e Criciúma) reelegeram o presidente da CBF por unanimidade. Como se tudo estivesse muito bom. “Porrada neles”.
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O mesmo Ednaldo que ficou esperando eternamente por Carlos Ancelotti, que colocou Ramon Menezes de interino, que colocou e tirou Fernando Diniz, e que agora, provavelmente, vai tirar Dorival Júnior para aliviar a barra dele próprio, como se pudesse apresentar a solução para esse emaranhado que ele mesmo criou. “Porrada neles”.
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A frase de Raphinha na entrevista para Romário já era ridícula antes do jogo. Depois da partida e da goleada sofrida virou sinônimo do que a Argentina fez com o Brasil em campo. Jogando bola, aplicou, com bela jogadas, com entrosamento, com várias chances criadas e com gols, uma estrondosa e inesquecível “porrada neles”.
