Para evitar riscos de higiene, especialistas recomendam que o passageiro leve seu próprio casaco ou manta
Em voos de longa distância e viagens rodoviárias, é comum que passageiros recebam pequenos “mimos” para aumentar o conforto. No entanto, especialistas em turismo alertam que é melhor pensar duas vezes antes de usar um item em específico: os cobertores.
O conselho foi dado por LP Maurice, CEO da Busbud, que já trabalhou com gerentes de lavanderias industriais.
Ele explica que os cobertores deveriam ser recolhidos ao fim de cada viagem e enviados para lavagem industrial a 60°C–90°C, com uso de água oxigenada e secagem em alta temperatura, antes de serem embalados individualmente em plástico.

“Quando você vê o envelope plástico apertado no assento, geralmente significa que ele foi lavado e embalado naquele mesmo dia”, afirmou ao Fodors Travel.
O problema é que nem sempre dá tempo de fazer esse processo. Em aeroportos e rodoviárias movimentadas, atrasos e conexões rápidas podem encurtar o intervalo entre viagens.
Nem sempre os cobertores são limpos entre as viagens
Nessas situações, o procedimento muda: se o cobertor parecer limpo, ele é simplesmente dobrado e colocado de volta no assento para o próximo passageiro.

Segundo Maurice, em “centros movimentados” apenas um quinto dos cobertores na classe econômica são lavados de fato. O restante é reaproveitado, a menos que apresente manchas visíveis.
A consultora de viagens Georgia Fowkes descobriu isso da pior maneira. Ao abrir um cobertor “lacrado” em um voo, encontrou longos fios de cabelo escondidos nas dobras, manchas de base e até um “leve cheiro de xampu”.
Para evitar riscos de higiene, especialistas recomendam que o passageiro leve seu próprio casaco ou manta.
Desta forma, além de evitar contato com itens possivelmente reutilizados, garante conforto e segurança durante a viagem. Afinal, nem todo brinde oferecido no trajeto é tão inofensivo quanto parece.