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Brusque precisava ser letal para vencer o Náutico; não foi

O Brusque já teve uma boa amostra do tamanho da tarefa que será ficar entre os dois primeiros em um grupo com Náutico, Guarani e Ponte Preta. Neste domingo, 7, não conseguiu passar pelo Náutico, mesmo com um jogador a mais, após expulsão discutível aos nove minutos do segundo tempo.

O que predominou foi a eficácia ofensiva e a força defensiva do Timbu. São 13 jogos consecutivos sem perder na Série C, além do registro de sete gols sofridos em 20 partidas. É um time muito sólido, muito bem preparado, que vive excelente momento, e que é favorito ao acesso e até ao título. Portanto, não há vergonha alguma em perder para o Náutico. É do jogo.

E o Brusque propôs um bom combate. Teve oportunidades e diversos momentos com o controle da posse de bola. Fez pressão sobre o adversário. Mas pecou na definição, na conclusão, a pontaria estava bem descalibrada, com muitos chutes para longe. E falhou ao ceder ao contra-ataque que gerou o gol do Náutico, com Patrick Allan aproveitando o enorme espaço entre linhas.

São erros que, neste momento da competição, diante de um time como este Náutico, dificilmente passarão impunes.

Resta ir ao Moisés Lucarelli no domingo, 14, e tentar recuperar os pontos perdidos em casa. O Brusque já venceu a Ponte Preta antes, ainda sob o comando de Filipe Gouveia. É uma boa lembrança para ter como base, mas agora é outra fase, outro contexto.

Passada esta primeira rodada, a impressão que a segunda fase desta Série C passa é que o Brusque é um time que realmente corre por fora. É menos cotado diante de forças muito tradicionais, de torcidas e cidades muito maiores. E vai tentar aprontar alguma.

A luta pelo acesso é mesmo a prioridade, mas, considerando todo o contexto desde o início do ano, a campanha da primeira fase da Série C e a incerteza para o futuro com estádio, o dever está bem cumprido: não ser rebaixado e se manter competitivo.

Se daqui a um mês o quadricolor estiver na Série B, que bom. Tomara que sirva para acelerar e ampliar investimentos por parte da SAF. E que seja possível fazer uma temporada muito melhor que 2024. Não subir em 2025 não deverá ser motivo para crises e grandes queixas, mas não é uma derrota para o Náutico que vai definir este destino.

De novo

O Brusque precisa trabalhar, de forma permanente, em ações educativas concretas e estruturadas contra o racismo, e a SAF deveria considerar seriamente essa possibilidade. Também poderia tentar banir do Augusto Bauer, mesmo de forma preventiva, os acusados de racismo, se houver respaldo legal. Tanto do caso mais recente quando dos que ainda irão acontecer.

Ainda que Igor Bolt não tenha ouvido as ofensas neste domingo, 7. Ainda que este caso não tenha sido concluído. Ainda que tenha havido uma ação imediata da equipe de segurança. Ainda que o caso anterior, de fevereiro, tenha terminado em arquivamento sem indiciamento. Ainda que o histórico do Brusque e casos do tipo possam ser aproveitados com má-fé por terceiros. A imagem está desgastada, e estaria mesmo se todas as acusações fossem completamente mentirosas.

Desde 2021, existe uma mancha na história do clube, que é ignorada até certo ponto. Mas fora da cidade e do estado, muita gente não esquece. Com a notícia mais recente de ato racista, o que se viu em redes sociais foi comentários do tipo “de novo?” “tinha que ser o Brusque”, “tinha que ser do Sul, “tinha que ser de Santa Catarina.”

Existe um problema, é fato. Cabe ao Brusque decidir se age ou ignora, arcando com as consequências de sua decisão.


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