Os vereadores Felipe Hort (Novo) e Leonardo Schmitz (PL) apresentaram, juntos, duas emendas aditivas ao orçamento de 2026 da Prefeitura de Brusque. Os textos tinham claro objetivo de agradar suas bases eleitorais: os bairros Águas Claras e Santa Luzia. Os parlamentares propuseram destinar parte dos recursos do orçamento para reforma da escola José Vieira Côrte e para revitalização da rua Augusto Klapoth, ambas nos bairros.
As intenções das duas emendas específicas chamaram a atenção. O vereador Jean Pirola (PP) criticou as emendas na tribuna. Ele disse que um sexto do orçamento seria destinado à reforma de uma única escola. “E as outras escolas?”, questionou. Pirola disse ainda que é necessário ser “vereador da cidade” e não “vereador de um bairro”.
A proposta de orçamento anual é elaborada por pessoas técnicas da prefeitura. Não é por isso que não pode receber sugestões de vereadores, sobretudo daqueles que não integram a base do governo. Porém, prever obras no orçamento em claro sinal para agradar regiões específicas da cidade, que são bases eleitorais dos vereadores-autores das emendas aditivas, não parece uma prática adequada para legisladores que precisam pensar no município como todo.
Domínio governista
Com exceção destas duas emendas, o governo municipal praticamente não ouviu outras propostas de Felipe Hort, que eram, sim, positivas. Uma delas previa gerar mais publicidade no Portal da Transparência sobre a origem dos recursos enviados por deputados. Em muitos casos durante a votação das emendas, o líder do governo, Paulinho Sestrem (PL), apenas pediu questão de ordem e disse: “oriento voto contrário da base”. Trata-se de uma nítida influência do prefeito André Vechi (PL) sobre o poder Legislativo.
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