A Associação Bulls de Brusque se manifestou sobre a decisão do governador Jorginho Mello de restringir a circulação de cães da raça pit bull em Santa Catarina. O grupo realiza encontros e passeios com tutores de cães na cidade.
Ivo Buss, um dos organizadores da Associação Bulls, afirma que respeitam a decisão do governador, mas não concordam com ela. “Infelizmente, ataques de cães acontecem todos os dias, e não apenas da raça pit bull. Temos outras raças, como o próprio golden, que todo mundo acha super querida; o chow-chow, que também protagoniza muitos ataques, mas que não têm a mesma repercussão que os casos envolvendo pit bull”, diz.
Ele explica que, no início dos anos 2000, quando a raça pit bull começou a se popularizar no Brasil, não havia tanta facilidade para emitir a documentação de um cachorro. “Era muito mais caro, muito mais difícil”.
Assim, exemplifica: “Eu comprava uma cadela pit bull e meu vizinho um rottweiler. Se minha cadela entrasse no cio e cruzasse com o cachorro dele, nasciam filhotes parecidos com pit bull. Aí o pessoal vendia como pit bull, sem essa preocupação de pedir pedigree.”
Ele ressalta que, embora essa prática tenha diminuído, ainda é comum. “Essa mistura genética, querendo ou não, interfere muito e acaba resultando em ataques, o que gera uma fama péssima para o pit bull. Uma fama terrível. Por isso, todo ataque da raça vira uma explosão”.
Outras medidas para pit bull
Ivo defende que o governo deveria investir em uma fiscalização mais rigorosa sobre os criadores, pois, segundo ele, muitas pessoas mantêm animais sem documentação e não são fiscalizadas por estarem fora do radar.
“Só descobrem que esse criador existe a partir de denúncias, e são nesses casos que nascem filhotes com problemas. Eu já vendi muitos cães e nunca soube de nenhum que tenha causado esse tipo de situação. O estado deveria cuidar melhor dessa questão, mas para cortar caminho e evitar problemas, acaba proibindo a criação do pit bull”, argumenta.
Sobre a obrigatoriedade do uso de guia e focinheira, Ivo considera a medida válida, mas acredita que a norma deveria valer para outras raças também.
“Nunca estaremos livres de um possível ataque. Se um cachorro interpretar errado o gesto de uma criança em um parque, ele vai atacar, independentemente da raça. Todos os dias ocorrem ataques de cães, mas nem todos os dias esses ataques envolvem pit bulls”.
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