Imagine uma pedra tão valiosa que desperta o interesse de criminosos e chega a valer mais que ouro. Esse é o cálculo biliar bovino, formação rara encontrada em bois e disputada no mercado internacional.
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Usados na medicina tradicional chinesa, esses cálculos são tão raros que frigoríficos e açougues viram alvo de roubos organizados. Mas o que os torna tão especiais?
Assim como humanos, bois podem desenvolver pedras na vesícula, mas, para a indústria, elas são tesouros. Com preços que variam conforme tamanho e pureza, algumas peças superam US$ 50 por grama no mercado asiático.
Como se formam os cálculos de boi?
Os cálculos biliares bovinos surgem pelo acúmulo de sais minerais na vesícula, mas apenas uma pequena parcela dos animais os desenvolve. “No abate, as vesículas são peneiradas para buscar as pedras”, explica Daniela Gomes da Silva, pesquisadora da Unesp ao portal g1.
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A raridade é o que eleva o preço. A maioria pesa menos de 1 grama, e encontrar uma pedra grande é raro.
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Por que valem milhões?
O valor está ligado à medicina chinesa, onde os cálculos tratam febres, convulsões e desmaios. “Dezenas de remédios usam essa matéria-prima”, diz Daniela. Como a demanda é concentrada na Ásia, os preços flutuam.
Pedras maiores e intactas são as mais caras. “O grama pode chegar a 50 dólares se for de alta qualidade”, revela a pesquisadora. Esse mercado movimenta quadrilhas que roubam frigoríficos para revender as pedras.
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O que define o preço do cálculo bovino?
Tamanho, cor e formato são critérios. Pedras amareladas e sem rachaduras valem mais. A especulação também influencia, com compradores estocando peças raras.
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