A Teka, tradicional empresa têxtil de Blumenau, pode ter a falência continuada revertida após o fundo de investimento Alumni recorrer ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A decisão que decretou a falência da companhia foi emitida em 27 de fevereiro, mas a Justiça suspendeu os efeitos dessa sentença após a análise do agravo apresentado pelo grupo de acionistas, que detém cerca de 25% das ações da empresa.
O recurso, apresentado pelo fundo de investimento, argumenta que a decisão de falência continuada é “prematura, inadequada e incabível”, alegando que a companhia apresenta resultados positivos desde 2012, quando iniciou o processo de recuperação judicial. O grupo acredita que a empresa ainda é viável e, por isso, busca reverter a falência decretada após mais de 10 anos de recuperação judicial.
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A decisão foi assinada pelo desembargador Robson Luz Varella, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). No despacho, ele apontou que a falência foi decretada sem a conclusão da auditoria financeira previamente determinada no próprio juízo. Também apontou inconsistências nos cálculos da dívida.
O pedido de falência continuada
A falência continuada foi solicitada pela administração judicial da empresa, após mais de 13 anos de recuperação judicial e uma dívida superior a R$ 3,5 bilhões.
A administração judicial da Teka explicou que o pedido de falência continuada foi feito somente após um período de avaliação do contexto da empresa e do endividamento, com o objetivo de determinar se ainda havia a possibilidade de viabilizar a continuidade das operações da Teka. A decisão final sobre a falência da empresa ainda dependerá dos resultados da auditoria.
A reportagem tento contato com o administrador judicial da Teka, mas não teve retorno até a publicação da matéria.
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